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sábado, 6 de outubro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Anjos e asas
I
Asas
transparentes.
Trazia
asas transparentes
O
invisível anjo.
Um vôo
invisível
Perturba
a noite,
Livre
de odores
Seu
nome perpetua.
Anjos-asas
Com
suas couraças e armas,
Retilíneos...
oblíquos.
II
Sussurrava
nomes indecentes
À noite,
que ouvia
Muda. Lambe
e beija?
Eu era
ouvido e tato.
Blasfemava
seres imaginários
Que me
seguiam
Com os
olhos e diziam:
- Goza
e segue! Vai!
Seu
vulto negro pousa
E
senta bem ao lado
E me
impede de seguir
Suor,
gozo, saliva.
O
anjo, não.
III
Imaginava-o
Pregado
nos dias
Nas
semanas
Em meu
corpo
Com
dentes e unhas
Lacerando
minha pele
Levemente.
IV
Ainda
visita,
Mas de
onde vem?
Suas
unhas ainda desenham
Riscos
apaixonados
Em
minhas costas
Como
num mapa.
Flores
marcam o local.
O
cheiro,
Um
olor adocicado
Como
manhãs
Como o
verniz fresco de uma cadeira
Como
um doce por vender
Como o
cimento molhado.
As
asas invisíveis
Ainda
anunciam o anjo.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
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